sexta-feira, novembro 18, 2005

Madrugada Paratiana

Por poucos momentos intacta,
desprotegida e nua
sob a chuva da madrugada,
amarelada e úmida.
Por gritos mudos
aprisionados em poças,
espelhos de sua expressão,
por sua tez colorida,
com fendas esculpidas
pelo tempo artista
vagam olhos admirados.
Em murmúrio constante,
de macio cair em pedras,
espera o calor que se levanta
e aos poucos apaga e enxuga
o amarelo combinado
para dourar em instantes
seu despertar para um novo dia.

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