terça-feira, dezembro 25, 2007

Não ouse me olhar assim. De todo o meu sentimento você não sabe um caco.
Abra este livro, roube suas palavras e ainda assim ele gritará em brancas sílabas.
Ai de mim se me pegarem em gestos puros e livres. Se me atropelarem o olhar esguio. Se me flagrarem os pensamentos...
Ai de mim se eu for eu.
Não é a coragem que rege o medo, nem o medo que rege o silêncio e nem o silêncio que rege a coragem.
O silêncio segundo o medo é defesa. O silêncio segundo a coragem é preservação. Três frágeis elementos que percorrem meus passos.
E o coração? O que diz? Ele diz: tenho coragem o suficiente para me calar e conviver com o medo.