sábado, novembro 17, 2007

Na estação

A voz metálica avisa a próxima partida. Os bancos de madeira (parecem de igreja) rangem ao ficarem mais vazios. A luz continua pouca apesar de o sol se elevar mais. Uma fileira de pernas cruzadas sobre o ladrilho, por vezes cai uma ou outra com o sono. De longe chega o emaranhado de sons: línguas diversas de homens, mulheres e crianças, xícaras e colheres se ajeitando sobre os pires ainda molhados... entram ecoando direto ao teto alto, pintado de folhas, mulheres e anjos com uma faixa "AVGVSTA PERUSIA".
E o trem chega cortando esta nuvem de sons e gente, com o apito dos freios e o clássico "turum" das rodas nos trilhos. Ele bufa! Mas ainda não é o meu.

16/09/07
(estação ferroviária - Perugia - Itália)

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