sábado, novembro 17, 2007

Mistérios da alma

As almas quando soltas no ar deixam rastros e se fazem entrelaçar facilmente.
Ficam claras em qualquer canto e pensam pertencer ao mundo. São frágeis, mas se fortalecem quando preciso.
Força que às vezes vem de dentro, força que muitas vezes vem de outra que cruza seu caminho, a força de identificação.
O melhor que a liberdade da alma tras é a certeza de que muitas coisas existem fora do seu universo. É ver que muitas dessas coisas fazem as outras já antigas e supostamente essenciais parecerem ligeiramente bem menos relevantes.
A liberdade da alma te faz se sentir entregue ao mundo, aos seus encantos, às suas surpresas, às suas dificuldades. Às vezes ela se quebra e você quer voltar pra dentro, rápido, dane-se todo o resto. E quando percebe que isso é apenas um ruidozinho na imensidão do mundo, que nem eco faz, você abre os olhos e vê que não faz diferença se apavorar. Porque, assim como a alma é livre, os acasos também o são. E então, a única coisa que tem a fazer é esperar a calmaria para desmisturar as liberdades. Mas isso sempre se repete, o desespero não é condicionável, muito menos controlável, ele também é livre.

27/09/07
(Salzburg - Áustria)

2 comentários:

Clara Mazini disse...

São muitas as belezas aí fora, não? Aventurar-se por elas vale a pena.

Obrigada pela visita! Beijos!

Anônimo disse...
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