Sabe o sonho, do sono insensato que segura meus passos?
Justo aquele passo do pé em transe, querendo pisar e empurrar o chão.
O sinal está aberto... O sol derreteu a sola? Não, é o peso mesmo. O peso do meu corpo que anula irresistivelmente o controle sobre meus próprios pés e depois ainda tenta, às vezes com um falso sucesso, me pôr sentada no canto.
Semente da terra, enterra, enterra, em terra, em terra.
Semente enterrada, úmida e quente... explode a superfície para abrir os braços.
Abre os braços e se liberta do fundo da terra, mas continua presa aos seus próprios pés e estes estão sempre presos a sua semente. E se com os braços tenta se libertar... morre.
(idos de 2000?)
(idos de 2000?)
Nenhum comentário:
Postar um comentário