domingo, junho 04, 2006

Corro pela estrada nessa noite fresca. O cheiro do vento me faz querer jogar meu coro na grama. Faz minha pele pedir pelo contato úmido do chão, me faz querer ser filha da terra, sentir todo o meu corpo pesar sobre a superfície bruta, as mãos afundarem no mato - sentir a grama pinicar a palma da mão e depois se dobrar sobre e sob meus dedos.
Preciso agora do calor frio da terra, do ar da noite que vira dia, do silêncio morno que me alimenta de lembranças, que me faz sentir quem sou, só preciso sentir quem sou. Sentir fisicamente o mundo em mim, eu no mundo, ser tocada por ele pra ter a certeza da minha existência, pra ter o peso da segurança.
Encosto o rosto no chão, sinto a sincronia do coração da terra com o meu. Sinto que estou viva.

Um comentário:

Regiana Queiroz disse...

oi querida... achei seu blog! vou adicionar como amigos...
beijo!